domingo, 13 de dezembro de 2009

Erro ideal

É! Como direi isso depois de vinte e dois carnavais. Essa trágica decepção que marcou positivamente minha vida. Pois, quando tinha lá meus vinte anos, estudei, mas absurdamente bastante, mais até do que um pós doutorando, com seus níveis mais altos de conhecimento, mas não com tanta informação em mente. Era uma coisa inocente de um “adolescente” que enxergava com um futuro promissor dentro de armas e fardas, admirava o modo organizado dos andamentos, estrelas nos ombros, respeito acima de tudo, os heróis dessa nação, sonhos de um menino ao ver os mais românticos filmes de guerra.
Com a idade, os vídeos e os amigos, dentro dessa realidade, configuraram-se uma das mais belas histórias de amizade coletiva. Víamos-nos mais, até, do que nossos familiares, tínhamos um espírito de verdadeira fraternidade, nos ajudando nos momentos de fraqueza, comemorando cada vitória, brigando quando víamos algo de errado. Momentos que nunca sairão da minha mente, nem mesmo relatando esse episódio depois de tanto tempo deixo de me emocionar, isso, bela definição um episódio de um ano, um ano em que estávamos reunidos até dezesseis horas por dia, do início ao final da semana. E a única companhia que tínhamos eram os números, frases para análise, grandes movimentos de séculos anteriores, trabalhos para ver aonde chovia mais. Promessas de nunca nos deixarmos, ficarmos no mínimo cinco anos juntos, muitas vezes confinados, sofrimento? Jamais, víamos com uma alegria sem precedentes. Mas pra que esse esforço todo? Sonhos, essa era a resposta mais freqüente, não era, como muitos diziam, por onças e peixes saindo pelo “Banco de João”, era a realização que nos motivava, o orgulho dos pais dizendo: ”parabéns”, todo esse esforço era por um ideal maior.
E os meses foram se passando, com luta, lágrimas e sorrisos até os dias seis e sete de outubro de 2007. Chegaram os grandes dias, sentimentos diversificados, dependia de cada um, tensão nos rostos, um futuro dentro do que viria dentro daqueles pedaços de papeis lacrados, do que seria de cada um de nós, oito horas de pura tensão administrada, dentro desse período estaria sendo avaliado um trabalho de um ano, terminada a contagem dos minutos e o coração nas goelas, nada mais poderíamos fazer, nada além de torcer para que o trabalho do ano inteiro tenha dado certo.


Bem, chegamos ao dia do resultado da prova, mais tensão, adrenalina, telefonemas, e-mails, todos os meios de comunicação estavam ligados, dezesseis mil pessoas nesse momento antenadas em uma única tela, esperando até o meio dia para ver uma lista e encontrar os respectivos nomes, fazer uma festa, comemorar a vitória aguerrida, umas mais que outras, mas todas com seu mérito. Infelizmente, o meu nome não estava naquela folha, encontrava-se em uma terceira lista, numa majoração descrente, e milhares de perguntas chegam a sua cabeça. Mas por quê? O que eu fiz de errado? Aonde eu errei? Redação? E no meio dessas respostas você percebe que não tem tempo de ficar no chão, tem que levantar e correr atrás de novos objetivos, vieram os vestibulares, então a vitória veio: Emerson de Oliveira Pereira aprovado para o curso de Letras, habilitação Português/Literaturas, uma das maiores paixões da minha vida.
Mas devo confessar a maior decepção de todas foi a não classificação para a Escola de Cadetes. Ver a estrela cair do céu, sonhos desmoronando, os vídeos ficarem sem graça, as fotos dos amigos aprovados, essa última, a mais interessante, que mesmo com lágrimas nos olhos ver um sorriso de felicidade pela felicidade de um verdadeiro irmão. Mas mesmo com todas essas decepções e a dor de uma derrota, um guerreiro sempre se levanta, aprende com os erros e no final, sempre irá para uma nova batalha.

domingo, 4 de outubro de 2009

Por aí.

É, mal comecei e abandonei o Blog...

Voltando aqui e hoje, reclamarei um pouquinho da minha atual vidinha.

Bem, todos já vimos como é complicado esse lance de amor. Pois é, todos dizem para não ir a procura, que ele virá naturalmente, será? Detesto admitir, mas acho que todo mundo tem razão, sempre que estou a procura de um relacionamento sólido, eu "quebro" a minha cara. Mas então me diga: Nós procuramos essa dor de cabeça para que ?

Boa pergunta. Aborrecimentos, estresses, complicações e DR's. Nessas horas eu gostaria de ser como Davy Jones (Filme Piratas do Caribe), arrancaria meu coração e colocaria em um baú sem pestanejar. Amor, nos deixa bobos, cegos, irreconhecíveis, e infelizmente eu sou um dos mais bobos que existem, infelizmente.

Ainda procuro essa resposta, quem puder me responder, por favor, diga-me.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Apresentação

Bem! sou eu, uns me chamas de "Giga", outros de "B". Ambos os apelidos tem uma certa coerência, devido ao meu tamanho, os dois sofreram apócope (perda de fonemas no final da palavra), tá! Que seja.
Garoto normal, orgulho de ser nilopolitano, torce pro Vasco e pela Beija Flor. Estudante de Letras, que um dia já sonhou ser militar (quem perdeu foi o exército). EsPCEx, o maior de todos os sonhos, hoje não passa de ilusão.
Dedicado as Letras e todo o seu universo mágico, o melhor de tudo é que, mesmo não dando tanto status, o meu curso tem o seu maior de todos os detalhes, é o único curso que tem a nossa grande marca de plural. Engraçado, em que essa particularidade pode ter de tão especial? Também não sei, mas sempre que estamos lendo um livro, podemos ter milhares de interpretações, de imaginações. Mesmo conceito aplicado as poesia, Ah! Drummonds, Quintanas, Pessoas ETC. Nossos bens maiores.
Pra terminar a minha primeira postagem, deixo aqui o verso de Dona Clarice Lispector: "Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito"